quarta-feira, novembro 22, 2006

Uma ilusão (quase) de se tirar o chapéu...

E, foi assim, que na semana passada, num dia repleto de afazeres, a luz apagou-se. Não tive mais nada, apressei-me e meti as mãos à cabeça.Tinha mails importantes para mandar, informação mais que importante para recolher...tinha todo o mundo da internet à minha espera, mas que naquele instante, foi-se para bem longe.
Estava, portanto, em grandes alhadas.
Apressei-me a ir a uma janela( uma com boa panorâmica pelas redondezas) para ver se era geral. A princípio tudo parecia indicar que sim.
Decidi, por isso mesmo e, porque faz parte de mim, stressar um bocado. Aliás, permitam-me a correcção, Stressar um grande bocado.
Voltei à mesma janela, para tentar perceber se o problema se resolvia "hoje" ou "amanhã" e, qual foi o enorme espanto (que inclusive, fez com que ficasse de boca aberta) quando vi chegar, junto de um dos postes da rua, três carros da EDP.
Bem, eu pulei, eu saltei(que é quase parecido, mas com diferenças que um dia explico), bem, foi a euforia total.
Foi, digo bem, porque foi a partir daqui que a minha inquietude chegou.
Nos três carros vinham, também, seis ou sete homens, ou trabalhadores da EDP, ou qualquer coisa do género (digo isto depois de os ver em acção).
o trabalho resumiu-se a: dois dirigem-se ao dito poste. Um lança as escadas. O segundo sobe.
Digo eu que até aqui deve ser o procedimento normal, digo-o sem muitas convicções, admito. AH, já agora, os menores façam o favor de não lerem mais, é que a linguagem usada não é tipica de moral e bons costumes. Às vezes acontece, a sorte é que é só às vezes.
Os ditos, restantes cinco trabalhadores da EDP, fizeram, mesmo ali ao lado, uma concentração para fumar uns valentes cigarros, trocar meia duzia de palavrões, cuspir para o chão e, aproveitaram também para coça-los.Ora o bom do português gosta de trabalhar. É!
o segundo, dito trabalhador, o tal que subiu ao poste, colocou a protecção (ou lá cm se chama) e lá começou ele a "tratar" dos fios de alta tensão (em alta tensão estava eu, mas enfim).
Na enorme atenção que o trabalho lhe exigia, o segundo trabalhador, ainda tinha tempo para trocar impressões com os restantes, sobre o tempo, as horas de trabalho e afins.
Foram precisos 45 minutos para que eu ainda caísse na ilusão de lhes tirar o chapéu!
Eles pegaram na escada, foram cada um para seu carro e lá foram.
Já havia luz, tinha o meu dia safo, podia voltar ao trabalho (que n era assim tão pouco) e os ditos senhores?
bem, esses deviam ter chegado a casa cansados de não fazerem nenhum, mas a apelarem à piedade de quem é vitima do governo, dos cortes orçamentais e do OE (livra-nos deles)
Um bocadinho triste, na minha mais sincera opinião.


[foi o desabafo possivel]

1 comentário:

Miho disse...

Tem calma querida!

Há que aproveitar a vida porque são só dois dias, o Avante é que são três!

;)


Beijo*